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As Aventuras Extraordinárias de Mr. West no País dos Bolcheviques
Lev Kuleshov (1924), com Porfiri Podobeb, Boris Barnet, Aleksandra Khokhlova, Vsevolod Pudovkin, Serguey Komarov, Vera Lopatina, URSS, 55 min.
Querendo viajar à União Soviética, Mr. West é advertido pelas revistas americanas, os grandes meios de comunicação da época, dos terríveis perigos existente naquele bárbaro país. Para proteger-se, ele leva consigo o caubói Jeddy, seu fiel guarda-costas, mas acaba caindo nas malhas de um grupo de ladrões disfarçados de contrarrevolucinários. Passados mais de 90 anos, a sátira de Kuleshov sobre a visão dos americanos a cerca dos russos pouco perdeu de sua atualidade. No elenco, algumas futuras glórias do cinema soviético: os diretores Vsevolod Pudovkin (Shban), Boris Barnet (Jeddy), os atores Serguey Komarov (Zarolho) e Aleksandra Khokholova (Condessa).
Direção: Lev Kuleshov (1899-1970)Lev Vladimirovich Kuleshov nasceu em Tambov. Em 1914, entrou na Escola de Pintura, Escultura e Arquitetura de Moscou. Dois anos depois começou a trabalhar como cenógrafo no estúdio de Aleksandr Khazhomkov. Entre 1918-20 cobriu a Guerra Civil. Em 1919, dirigiu os primeiros cursos do que viria a ser o VGIK (Instituto Estatal de Cinema). Entre seus alunos estavam Serguey Eisenstein, Vsevolod Pudovkin, Boris Barnet, Mikhail Romm, Mikhail Kalatozov, Serguey Komarov e Aleksandra Khokhlova que se tornou sua esposa. Foi o precursor da teoria soviética da montagem. Uma de suas experiências – o Efeito Kuleshov, descrito em seu livro “Os Fundamentos da Direção de Cinema” (1941) - consistiu em intercalar o plano onde surgia um o rosto inexpressivo de um ator com os planos de um prato de sopa, de uma criança num caixão e de uma mulher semidespida. Como resultado, apesar do plano do ator ser sempre o mesmo, a plateia “via” no seu rosto a expressão de fome, de piedade e de desejo. Dirigiu cerca de 20 filmes, entre os quais “O Projeto do Engenheiro Pryte” (1918), “Na Frente Vermelha” (1920), “As Aventuras Extraordinárias de Mr. West no País dos Bolcheviques” (1924), “O Raio da Morte” (1925), “Dura Lex” (1926), “O Grande Consolador” (1933), “Siberianos” (1940), “O Juramento de Timur” (1942), “Nós dos Urais” (1943). Seus últimos 25 anos foram dedicados ao VGIK.
Argumento Original: Vsevolod Pudovkin (1893-1953), Nikolai Asseyev (1889-1963)As enciclopédias costumam situar Vsevolod Illarionovitch Pudovkin, ao lado de Serguey Eisenstein e Lev Kulechov, como um dos três fundadores do cinema soviético. Desde o início dos anos 20, eles exploravam as possiblidades da técnica de justaposição de planos para exprimir estados emocionais dos personagens, e viam na montagem o clímax do trabalho criador do diretor de cinema. Experimentaram e escreveram copiosamente sobre o tema. Nascido em Penza, Pudovkin estudou na Faculdade de Física e Matemática da Universidade de Moscou. Gravemente ferido, durante a 1ª. Guerra Mundial, foi feito prisioneiro em 1915. Durante os três anos de cativeiro, aprendeu alemão, inglês e polonês. Fugiu da prisão em 1918. Em 1920, começa a trabalhar com Kuleshov. Desde seu curta de estreia, a comédia “A Febre de Xadrez” (1924), dirigiu 18 filmes, entre os quais “A Mãe” (1926), “O Fim de São Petersburgo” (1927), “Tempestade sobre a Ásia” (1928), “O Desertor” (1933), "Suvorov" (1941), “Em Nome da Pátria” (1943), "Almirante Nakhimov" (1947), “Zhukhovski” (1950), “O Retorno de Vassily Bortinikov” (1953). Como ator, trabalhou em 13 filmes.
Nikolay Asseyev nasceu em Lgov, região de Kursk. Suas primeiras antologias poéticas, publicadas em 1914, "Flauta da Noite" e "Zor", sob influência do simbolismo e do futurismo. Escreveu na revista LEF (Frente de Esquerda das Artes) em 1923, desenvolvendo um estilo construtivista. Colaborou nos roteiros de “As Aventuras Extraordinárias e Mr. West no País dos Bolcheviques” (1924),“O Encouraçado Potemkim Serguey Eisenstein, 1925). Recebeu o Prêmio Stalin em 1941.